Seminário discute benefícios da exploração de petróleo na Margem Equatorial para o Amapá
O evento foi promovido pela Frente Parlamentar em Defesa da Exploração do Petróleo e Gás na Margem Equatorial

Com o objetivo de debater o desenvolvimento econômico sustentável do Amapá, a Assembleia Legislativa do Estado (Alap) realizou, na tarde desta sexta-feira (14), no Plenário Deputado Dalto Martins, o segundo seminário Prepara Amapá. O evento foi promovido pela Frente Parlamentar em Defesa da Exploração do Petróleo e Gás na Margem Equatorial.
O seminário teve como propósito disseminar conhecimento, discutir desafios e oportunidades do setor, promover networking e apresentar tecnologias e inovações da área, incentivando investimentos e ampliando a visibilidade da cadeia produtiva do petróleo e gás no Estado. “A Margem Equatorial Brasileira tem sido considerada uma das novas fronteiras para a exploração de petróleo e gás no país. Com áreas promissoras próximas ao Amapá, é essencial debater os impactos dessa atividade para o Estado”, afirmou o deputado Delegado Inácio, proponente do evento.
Ele destacou que a exploração petrolífera na costa do Amapá representa uma oportunidade única de impulsionar a economia local, atraindo investimentos em infraestrutura, tecnologia e logística, além da geração de empregos diretos e indiretos em setores como construção civil, transporte, serviços e indústria. A arrecadação tributária proveniente da atividade também poderá ser direcionada para áreas estratégicas como saúde, educação, segurança e infraestrutura, além de políticas voltadas aos povos originários.
O evento contou com três painéis de discussão. O primeiro, mediado pelo deputado Delegado Inácio, teve como tema “O petróleo e gás na costa equatorial” e contou com a participação de Allan Kardec Dualib Barros Filho, diretor-presidente da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar). Durante sua apresentação, ele ressaltou a crescente demanda por energia no mundo e o potencial da Margem Equatorial. “Nos últimos 14 anos, todas as cinco maiores empresas do planeta eram de óleo e gás. Hoje, são de tecnologia e informação. Mas isso não diminui a importância do setor energético para o desenvolvimento socioeconômico”, afirmou.
O vice-governador Antônio Teles Júnior destacou que os investimentos previstos para os estados do Pará e Amapá até 2026 somam quase R$ 10 bilhões, com a criação de mais de 60 mil empregos. “O PIB do Amapá em 2022 foi de R$ 23 bilhões. Estamos falando de um único projeto cujo investimento equivale a 50% do PIB do Estado. É um volume significativo para a região”, afirmou.
O superintendente de Petróleo e Gás Natural da Empresa de Pesquisa Energética, Marcos Frederico Farias de Souza, ressaltou a importância do setor offshore no planejamento energético brasileiro, com destaque para o Amapá. Já a gerente de Interpretação de Portfólio da Margem Equatorial, Mayara Martins Aquino, afirmou que é possível explorar e produzir petróleo de forma ambientalmente sustentável. Como exemplo, citou o campo de Urucu, na Bacia do Solimões, que opera há 35 anos com impacto ambiental reduzido.
Desenvolvimento sustentável
O ministro Waldez Góes ressaltou que o Amapá cumpre rigorosamente as exigências legais de preservação ambiental. “Estamos preparados para dialogar e tomar a melhor decisão para o Estado e para o Brasil”, afirmou.
COMENTÁRIOS