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Projeto Costamar Impulsiona Sustentabilidade da Pesca Artesanal no Amapá

Equipe do Instituto Redemar Brasil se reuniu com o vice-governador do Amapá

Portal Afnews
Projeto Costamar Impulsiona Sustentabilidade da Pesca Artesanal no Amapá


O Instituto Redemar Brasil, inicia em 2025, uma série de ações que beneficiarão as comunidades pesqueiras da costa do Amapá com o lançamento do Projeto Costamar. Em parceria com a Petrobras, a iniciativa visa monitorar as andadas reprodutivas do caranguejo-uçá, um aspecto fundamental para a conservação da espécie e para a pesca sustentável na região. Os treinamentos da equipe do projeto já estão em andamento na Estação Ecológica de Maracá-Jipioca e no Parque Nacional do Cabo Orange.




A ausência de estudos detalhados sobre as andadas do caranguejo-uçá no Amapá torna essa iniciativa ainda mais relevante. Como algumas áreas de manguezais no estado estão localizadas acima da linha do Equador, os períodos de andada diferem daqueles registrados no restante do Brasil. A pesca artesanal é uma atividade milenar na região e essencial para a cultura e a subsistência das comunidades locais. No entanto, esses pescadores enfrentam desafios como especulação imobiliária e outras atividades econômicas que impactam diretamente sua sobrevivência.

Para lidar com essas adversidades, o Projeto Costamar implementará o aplicativo REMAR Cidadão, uma ferramenta que permite o monitoramento participativo das andadas do caranguejo-uçá. O aplicativo possibilita que qualquer pessoa registre ocorrências em qualquer ponto do litoral brasileiro, mesmo sem conexão com a internet. A ferramenta já se mostrou eficaz no monitoramento da espécie desde o estado do Pará até a Bahia.

Com o objetivo de estimular a ciência cidadã e promover a participação ativa de pescadores, catadores de caranguejo e trabalhadores das Unidades de Conservação, serão realizadas três oficinas nas comunidades pesqueiras atendidas pelo projeto. O foco será o treinamento para o uso do aplicativo REMAR Cidadão, garantindo que os próprios pescadores possam enviar dados

sobre as andadas reprodutivas do caranguejo-uçá. Essa medida colabora diretamente com o poder público na definição dos períodos de defeso.




“Esse monitoramento participativo através do aplicativo REMAR Cidadão vai durar 36 meses e será de suma importância para o gerenciamento das andadas reprodutivas. Esta capacitação através deste aplicativo vai atender as demandas dos trabalhadores da pesca e facilitar muito o trabalho deles” afirma Thiago Couto, biólogo do Projeto Costamar.

Em reunião no último dia 11 de março, a equipe da Redemar Brasil apresentou o Projeto Costamar ao vice-governador Teles Júnior. As autoridades estaduais receberam positivamente as tratativas para a realização das ações do projeto. Durante o encontro, foram discutidas a importância da conservação marinha e o impacto positivo do projeto para as comunidades e ecossistemas costeiros. “A reunião foi muito positiva. O vice-governador compreendeu o projeto e avaliou de forma bastante favorável o enfoque que a Redemar dará à questão socioambiental no estado do Amapá. Segundo ele, há uma lacuna de informações na gestão pesqueira do estado, e a atuação da Redemar Brasil nesse processo será de grande importância. Além disso, ele se colocou à disposição para propor parcerias institucionais e agendar reuniões com outras secretarias estaduais", comentou William Freitas, presidente do Instituto Redemar Brasil.

Outro objetivo do Projeto Costamar é converter conhecimento científico em informações acessíveis para os pescadores e pescadoras artesanais. Um dos principais pontos de conflito entre pescadores e gestores ambientais é a definição do período correto de defeso. Para buscar soluções que contemplem todos os envolvidos, serão promovidas rodas de conversa, oficinas e fóruns de discussão presenciais e virtuais.

Além disso, o projeto abordará um dos principais desafios enfrentados pelos pescadores artesanais: o alto custo de manutenção das embarcações. Para mitigar esse problema, serão promovidas oficinas de manutenção e reparo de motores de embarcação, abertas também aos familiares dos pescadores até o terceiro grau.

Também serão oferecidas oficinas de capacitação para a instalação de miniestações de biodigestores em duas comunidades pesqueiras, contribuindo para a redução do problema da falta de saneamento nessas localidades.

Essas capacitações têm o objetivo de engajar os jovens na atividade, assegurando a continuidade da pesca artesanal e o fortalecimento da economia regional.

Com essas ações, o Projeto Costamar pretende enfrentar problemas que levam ao desinteresse e ao abandono da pesca artesanal, incentivando a permanência dos pescadores na atividade e promovendo a sustentabilidade dessa tradição secular.





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